Reproduzo não uma picardia mas duas opiniões, recolhidas nas caixas de comentários, que merecem ser confrontadas (a propósito deste post):

Uma do Luis Bonifácio:
“A desistência só fica bem a [António José] Seguro, esse profissional da politica, recém licenciado e sem qualquer outra ocupação conhecida para além de deputado e funcionário do Partido.”

E a reacção do Bruno:
“Quando os deputados se multiplicam em empresas, escritórios de advogados, universidades e sociedades obscuras todos reclamam por causa dos conflitos de interesses e porque as pessoas só vão para a politica para alavancar as suas actividades profissionais.
Quando alguém se dedica exclusicamente à causa pública aparecem os “Luis Bonifácio”. Razão teve o Vitorino em não querer vir chafurdar para charco.”

Seguindo a exposição do Bruno, nem os primeiros, nem os segundos são intrinsecamente maus pelas opções de vida que fizeram na sua forma de participar na política. Concretamente quanto a António José Seguro sei sobre ele o que qualquer pessoa pode saber e não o tenho como um exemplo claro de coisa nenhuma. Nem para o bem, nem para o mal.
Esquecendo a fulanização fica-nos o problema de fundo a resolver.
É neste tipo de julgamento que fazemos dos políticos que ajudamos a definir aquilo que merecemos.
Temos oscilado entre o laxismo (ou fatalismo) e um suposto puritanismo radical (apoiando qualquer moralista exacerbado que surja). Nem um, nem outro têm provado a sua utilidade. Tanto assim é que temos de regressar ao básico para procurar de novo o rumo.

O fundamental é exigirmos transparência, um combate ao desatino e não esperar que a política seja feita por figuras providenciais, magnânimes, extra-humanas.
Por estes dias de descrédito generalizado e de florescimento dos processos de intenções temos de procurar quem se queira redimir agarrando-nos às potencialidades da redenção e estimulando-a com a nossa inteligência em saber distinguir o trigo do joio. Havendo essa predisposição já é um começo.
Por aqui tentarei fazer esse caminho com alguns inevitáveis momentos de excesso de impulsividade…

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