… ao LNT: porquê é que Ferro Rodrigues resolveu convocar um congresso para Novembro de 2004?

“(…)A aprovação no congresso de 2004 de um programa para a próxima legislatura constituirá um elemento de ruptura com a prática tradicional dos partidos no nosso país. Será um processo que, sob a direcção do Secretário-Geral, deve ser conduzido em todas as suas fases, desde já, tendo presente o objectivo central e pressupondo que, salvo qualquer alteração da vontade dos socialistas, deve ter continuidade do seu protagonista principal e candidato natural a primeiro-ministro.(…)”
Eduardo Ferro Rodrigues – Moção Fazer Bem pelo Futuro XIII Congresso do Partido Socialista 2002

Com este pequeno detalhe vou encerrar a minha “militância”. O que vemos cá fora é que, exceptuando José Lamego, ninguém quer discutir política no PS. Todos atribuem a vitória nas Europeias a Ferro Rodrigues e à sua gestão no partido. Perante esta crise (ou talvez mesmo sem ela!) todos confirmam a sua intenção já afirmada em 2002 de ir a votos nas legislativas na qualidade de candidato a primeiro ministro e suponho que todos lhe dão carta branca dispensando-se de conhecer, aprovar e discutir, em congresso, o programa que o partido apresentará ao país.
Sem interlocutores internos não sou eu que me vou pôr aqui a bater no Adufe…
Mas cá estaremos para apreciar crítica e construtivamente o que por aí vem. Espero sinceramente que Ferro Rodrigues tenha golpe de asa para que nos permita com confiança olhar para os erros do passado como lições para o futuro. Até hoje estou longe de me ter convencido disso e é essencialmente esse o meu engulho com este primeiro-ministro em potência.
Venham as eleições neste pobre país. E que tudo corra pelo menor dos males que cá nos havemos desenrascar, como de costume.

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