Primeiro transformo o que é de gestão pública em S.A. para ganhar nos métodos de gestão.
Depois impeço o controlo da administração regional para que não haja entraves à “gestão privada” das unidades S.A.. Se não o fizesse nem valia a pena ter constituido as S.A. não é verdade?
Na mesma onda, acabo com a centralização de encomendas e respectivos concursos públicos a cargo do Instituto de Gestão Informática e Financeira do Ministério. Passa a ser a administração da unidade (de cada unidade) a escolher o “melhor” fornecedor de férias, perdão, de produtos e serviços hospitalares.
Procedo a uma avaliação rigososa do desempenho. Como? Talvez via auditorias da Inspecção Geral do Ministério? Ná! Esses são uma cambada de funcionários públicos, quanto menos meios e menos conseguirem chatear melhor.
Faço uma avaliação “cozinhando” a meu bel prazer os resultados financeiros de cada ano (lembram-se quão consensuais foram os apresentados este ano e as sucessivas versões que foram tendo?) e, na eventualidade, rara, de algum jornal ou corpo de técnicos de alguma unidade denunciar uma má gestão demasiado escandalosa demito a direcção para alguns meses depois a designar (talvez cada um para seu sítio) mas quase sempre para unidades ainda mais importantes, incentivando-os a continuar a cumprir a missão. A bem dos interesses da nação.

Dizem-me que é isto que se passa no Ministério da Saúde do meu país. Você acredita? Deve ser gente com muito má lingua. Eu pessoalmente não sei quase nada que indicie tais práticas. Talvez o Xavier saiba mais qualquer coisinha…

A despropósito, já leram esta hoje no Diário Económico?

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