O prestável correspondente brasileiro do Adufe, Ruy Lyra Zananiri, lembra-nos um evento marcante na vida cultural brasileira. Ainda que já o Aviz e outros nos tenham lembrado que Dorival Caymmi comemorou 90 anos a 30 de Abril, sublinho o recorte do Globo On-line que o Ruy me enviou. Nele se faz a crónica do ciclo de homenagens que três dos filhos do mestre, também eles no ramo das musicas e das letras, iniciaram no Rio por ocasião do nonagésimo aniversário do “velho baiano”.

Há muito tempo (tanto quanto a minha condição de sub 30 permite falar nestes termos) o nome de Dorival Caymmi faz parte do meu imaginário, quase sempre pela boca de outros como João Gilberto (principalmente) ou Maria Betânia (mais recentemente)…
D. Caymmi, A. Barroso, A.C. Jobim, V. De Moraes, R. Guimarães, C. Lyra são alguns dos enigmáticos autores que durante anos me deliciei a ouvir no leitor de Cd’s. Destes todos apenas tive o prazer de ouvir em pessoa, António Carlos Jobim, numa hilariante e triste – um dia eu explico – aventura Sintrense. Dos outros, aos poucos, tenho juntado peças, acumulado descobertas. E tem sido sempre um prazer enriquecedor ir mantendo uma antena virada para o passado e para o presente do outro lado do atlântico. Faz bem à alma do português saber-se um bocadinho brasileiro.
Caymmi foi um dos melhores a cantar a saudade ao pensar na Bahia. Um grande rival de muitos compositores de fado não fora saudade no Brasil escrever-se samba-saudade.

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