Ainda sobre a polémica do texto anterior, e porque que me pediram uma resposta à acusação de anti-parlamentarismo feita por Vital Moreira neste texto, remeto os leitores para os parágrafos do Irreflexões (que a seguir transcrevo), bem mais incisivos e directos do que os que aqui escrevi num tom mais umbiguista. Faço deles palavras minhas. Sem tirar nem pôr.

«(…) É inadmissível (ver pontos anteriores) que os deputados, que estão pagos a tempo inteiro, acumulem a torto e a direito com outras funções. Não só pelas razões já apontadas mas também por estas: potenciais conflitos de interesse; dispersão de atenções, com prejuízo para o trabalho parlamentar; violação do principio da igualdade com os deputados que efectivamente estão de corpo e alma no Parlamento ? todos ganham o mesmo e, principalmente, menorização de uma função de representação da soberania popular (até dá para acumular com não sei o quê).

A um deputado pede-se, pelo menos, que se comporte à altura do mandato que tem.

Não posso, por fim, concordar com a referência a que um [Vital Moreira:]”fundamentalismo moralista em política pode ser neste caso vizinho do populismo antiparlamentar (ou um simples meio de “character assassination”).”.

Eu sou é pró Parlamento. Acho é que a Dr.ª Edite Estrela e os outros como ela é que são antiparlamentares.

Pelo comportamento que denotam, pelas atitudes que tomam (veja-se a falta de quórum para votar a regulamentação do Código do Trabalho, ainda ontem), pela displicência com que exercem um cargo da maior importância, pelo carreirismo com que se identificam, pela pequenez que exibem, alguns dos nossos deputados são os maiores adversários da boa imagem do Parlamento.(…)»

In Irreflexões

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