Por mais estranho que pareça, homens livres, para quem a liberdade é efectivamente um valor, são os que estão presos por causa da liberdade dos outros.

António Alçada Baptista, O Riso de Deus, Editorial Presença, Lisboa, 1996.

Houve um tempo, muito curto, em que sublinhava os livros que lia. O Riso de Deus foi o exemplo máximo desse meu afã tendo tido direito a “carimbo” com data de início e fim de leitura: um mês.
Nunca fui devorador compulsivo de literatura, nem muito lesto… Mas, nesse caso, a leitura foi particularmente ponderada, feita de lápis em punho, muito séria e meditativa.
Hoje homenageio o leitor de então (piscando o olho ao escritor) com a breve citação devidamente sublinhada. E já agora, porque vem a propósito, mais esta do mesmo ninho que também podia ser o mote deste blogue (tem dias!):

Confesso que não desgosto nada de estar assim, a fazer de psicanalisado sem psicanalista, a tentar destrinçar a meada das herdadas construções do mundo que sinto enoveladas por dentro de mim.

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