Acordei a ouvir na rádio que a União Europeia se prepara para multar Portugal por não ter transposto uma directiva comunitária. Até aqui tudo bem, quem não cumpre com o compromisso deve arcar com as consequências mas… O compromisso em questão, mais do que a multa, deixou-me perplexo. Até melhor argumento trata-se de mais uma exagero do centralismo europeu, um exemplo da Europa que eu não quero.

Um dos problemas da União Europeia e do centralismo é precisamente o exagero, os despropósito quanto às competências que são assacadas por Bruxelas. A menos que seja da preguiça matinal não consigo encontrar o mínimo cabimento para que haja directivas comunitárias onde se regule a forma como cada país deve ceder os livros das bibliotecas! Aqueles senhores não têm mais nada para fazer?! Por este andar, o modelo Federal que tantos repudiam (penso por exemplo no dos EUA) parecer-lhes-á cada vez mais apetecível por dar mais garantias de flexibilidade no ajustamento às especificidades estaduais/nacionais (e por lá nem há nações!) do que esta equívoca experiência para a qual me parece que vamos caminhando alegremente a nível Europeu.

Se se tratasse de garantir que todos os residentes na UE devessem ter iguais direitos de acesso ao saber acomodado nas bibliotecas compreenderia, agora obrigar e no limite punir um país por não respeitar uma directiva comunitária que impõe um regulamento às bibliotecas é um excelente motivo para juntar aos que me fazem olhar com crescente desconfiança para este “modeloâ€? de Europa unida.
Seria muito bom se as próximas eleições servissem para debater sob este ou mais estimulante pretexto o que queremos e como queremos estar na Europa mas infelizmente só se fala em cartões amarelos ao governo e em como tem sido árdua e valorosa a governação…

Se há coisa que não precisamos na Europa e na política interna é motivos para descrer.

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