No caso muito concreto destas declarações vejo muito pouco conteúdo político digno de comentário. Concordo com Pacheco Pereira, há minutos na SIC: estamos perante especulação jornalistica na qual caiu redondo, diga-se, o inconfundível Pedro Santana Lopes, dizendo que ficára surpreendido com as declarações e que iria pedir esclarecimentos aos intervenientes (o Ministro da Administração Interna e o Primeiro Ministro) – o tipo já é presidente e ninguém se apercebeu…

Deixando o humor e regressando às declarações e cavalgada que se lhe seguiu ontem e hoje. Sejamos inteiramente honestos: as premissas das declarações são distintas logo não são comparáveis… O ministro respondeu com racionalidade a uma pergunta inteligente. Disse o que é exigível ouvir-se de qualquer governante. Vi as simplificações ou descontextualizações, que só contribuem para um maior receio e calculismo dos políticos, ser aplicado a “vítimas” socialistas em tempos de governo PS e fiquei revoltado.

Ganhamos muito em dar valor às palavras resistindo a oportunismos de ocasião. Eu sei que o Ministro (FL) já tem imagem de trapalhão e incompetente, em sei que há uma natural hipersensibilidade a tudo o que envolva o iraque e assuntos conexos logo, facilmente se lhe colam as declarações que se lhe atribuem conferindo-lhe outro sentido, em suma, a tentação era forte mas não serve a democracia e nem sequer é necessária ao combate político. Acredito mesmo que são contraproducentes em termos imediatistas, talvez nem sempre, mas: o tipo que quiser contar a história ao amigo corre o risco de se aperceber estar a criticar algo razoável… Ouvi em minha casa pessoas politicamente não fundamentalistas perguntarem onde estava a incoerência… Quão estúpidos são os portugueses? Há À tentações em que eu também já devo ter caído aqui no Adufe que convém combatermos, engrandece-nos a todos e é higiénico.

Como muito bem notas, João, recentrando a questão (ler caixa de comentários no País Relativo), o nosso PM dá-nos inquestionáveis motivos de crítica. Usemo-los e denunciemo-los como muito bem vêm fazendo no País Relativo. Abraços!

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