Quando eu era puto era um terrorista. Sempre que passava por uma banca de jornais desatava num berreiro: “Quero um Tio Patinhas, quero um Tio Patinhas”.
Felizmente um dia Soares veio até mim e disse: “Toma lá um Patinhas mas só sob reserva mental, o socialismo fica na gaveta mas não vai para a lareira. Um dia terás tempo de subir-lhe para a garoupa e voltar a procamá-lo aos sete ventos. O dinheiro não é tudo na vida, também temos que defender os nossos princípios.” E eu fiquei-me com o Tio Patinhas sob reserva mental.

Depois apareceu o Kadafi que viemos a perceber muito depois de ter aparecido que não queria nada mais do que a colecção completa dos Hiper Disney, namorar com umas americanas e uma tenda no deserto para brincar aos senhores importantes. Em vez de se pôr aos berros como eu, o Kadafi pagou para que fizessem explodir pessoas enquanto ele não tivesse o que queria. Felizmente, quando topámos o que ele queria veio o Soares e disse-lhe “Podes ficar com tudo o que queres mas só receberás um Hiper Disney por mês, terás de coleccioná-los. Dou-te tudo isto se deixares de mandar pessoas pelos ares, se comprares uns Hiper Disney aos familiares dos que mataste e terás ainda de prometer oferecer um chá de menta aos meus amigos quando eles cá te vierem visitar”.

Por fim veio a Al Qaeda que viu o Soares e rebentou com ele. Vai daí o Soares chegou ao pé da Al-Qaeda e disse… Disse?

Pronto, não arranjo mais indignação do que isto. Serve?

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