III/III – De Espanha
Outros haverá em Espanha que há muito mais tempo e com grande dedicação terão feito e continuam fazendo as perguntas e procurando as respostas.
A que vejo implementada pelo Estado e povo espanhol (e francês) e pelas autoridades e povo Basco, têm dado frutos. Fala-se de mudança. Diz-se que a ETA definha. Já antes definhou, mas talvez agora seja definitivamente diferente.
Espero que os Bascos continuem desejando a democracia sem defender uma pátria a qualquer custo. Espero que eles, principalmente eles, sejam capazes de enfrentar e conter os que matam.
Acredito que em Espanha, depois de tantos anos e de tantos erros políticos na condução da luta, cada novo morto não acrescente apenas sofrimento mas também e, fundamentalmente, acrescente vigor ao cerco crescente e cada vez mais eficaz que tem culminado no exercício da justiça e que acabará por extinguir todas as formas de terrorismo de raiz interna.
Esperemos que os mártires de Madrid tenham ao menos contribuído para um dos últimos estertores do terrorismo basco em Espanha, tenha ou não sido a ETA a detonar as bombas.
March 12th, 2004 at 11:21 am
Porque as razões,às vezes tambem são históricas acho que nós não raro deveríamoa ser mais parcimoniosos na expressão dos nossos sentimentos e sobretudo termos um mínimo de senso nas atiaudes que tomanos ,às vezes dum moda descabido e que um vulgar mamdato exige o mínimo de respeito,Como ser humano sinto pesar pelo que aconteceu em Espanha,e fico pensando em que medida esse país não tem contribuído para tal.Depois de mortos somos todos ´cadáveres como msis ou menos glória.
F.F
March 12th, 2004 at 4:50 pm
Ora aqui está um desígnio positivo! Aporia talvez, só por uma questão de autoridade moral completa e indiscutível, a opinião que o Estado Espanhol acedesse às pretensões dos bascos em realizar um referendo sobre a independência (ou não) da sua nação, pondo fim assim, a todas as formas de legitimação do terrorismo, tanto da ETA como o do Estado Espanhol. Quem tem medo da democracia?