Erros? Quais erros?
O Nosso primeiro veio muito humildemente confessar que cometeu erros frente aos órgãos da imprensa. Com essa afirmação iniciou a segunda fase do mandato. O ciclo eleitoral não perdoa e ei-lo em marcha… Estou a ser mauzinho?
Hum… Então peço ao senhor Primeiro Ministro, ou a alguém que possa falar por ele, que discrimine os erros que auto-recrimina. Só para que nos possamos orientar, para termos uma ideia… É que, dito assim, em abstracto, o seu falajar lembra-me o dos horóscopos: ajusta-se aos anseios da auto-crítica que todos desejamos num primeiro ministro.
Ying 1: “Ah! O gajo lá reconhece que afinal não devia ter alinhado com o Bush!”
Yang 1: “Ah! O Barroso lá reconhece que devia ter despedido os primeiros 100 mil funcionário públicos que lhe aparecessem na frente, logo no primeiro trimestre!”
Ying 2: “Ah! Afinal já se arrependeu de se ter coligado com o Portas!”
Ying 3:“Ah! Finalmente percebeu que o saneamento promovido nas contas públicas é tão perene e saudável como o algodão doce!”
Ying 4:“Ah! Então a nomeação de Celeste Cardona sempre se deveu a uma noite bem bebida com os amigos! Descobriu a expensas próprias como a felicidade é mesmo inimiga do fígado!”
Ying 5: “Ah! Afinal já se arrependeu de ter ido para Primeiro Ministro”
Enfim… Mais uma confissão desta e ainda descobrimos que o nosso primeiro ministro é humano, que é um gajo porreiro…
Tão déjà vu e tão mal interpretado, caros spin doctors laranjas, que se fosse a vocês poupava-nos novos actos… Mas ele aprende caro PS, ele aprende, cuidado, olhó timming…
March 18th, 2004 at 2:09 am
Prefiro a sua humildade à arrogância de Cavaco Silva.
March 18th, 2004 at 2:14 am
Os chernes têm miolos??? ou barbatanas???
Agora fiquei na dúvida 🙂
March 18th, 2004 at 1:41 pm
O discurso de assumir os erros, sempre é melhor do que o do pântano que Guterres nos brindou na noite das eleições autárquicas.
Não sei…digo eu…
March 18th, 2004 at 2:33 pm
Caro FN, é curioso que fale em pântano… O que eu quiz dizer no texto passa muito “por aí”. O discurso do Priemrio Ministro sobre erros abstratos é demasiado pantanoso para justificar qualquer tipo de remissão ou qualquer atitude reconciliadora. Repito a pergunta: quais erros? De que é que se arrepende? Ficou a meio caminho…
Ó Rui mas humildade em relação ao quê? Cavaco não admitia falibilidade, Durão admite que algo correu mal mas não especifica… Não deixa que o examinem, queixa-se mas não diz onde lhe doi… Sem diagnóstico não há profilaxia 😉