Ontem o Paulo Gorjão sugeriu uma possível explicação para a bizarra escolha do cabeça de lista às Europeias pelo PS. Algo do género: Sousa Franco foi escolhido porque não fará sombra a Ferro Rodrigues, não se servirá do cargo para se catapultar para a liderança do partido caso tenha um bom resultado eleitoral.
Na sequência da teoria pergunteiSem uma belíssima vitória nas Europeias o que vale Ferro Rodrigues como SG no PS? Estará assim tão seguro para “arriscar” uma congeminação dessas lançando Sousa Franco? (…) Se o PS ganhar por um voto FR estará seguro no posto até às autárquicas?
Hoje, após uma sinístra sondagem no Correio da Manhã, lêmos o nosso camarada de blogues Vital Moreira dar o seu contributo para o que será uma belíssima vitória nas Europeias:

(…) esta sondagem evidencia que a forte aposta deste numa vitória nestas eleições como forma de punição do Governo comporta dois riscos não despiciendos. Primeiro, mesmo vencendo, uma fortíssima abstenção pode retirar força política ao ambicionado triunfo socialista. Segundo, vencer pode não bastar, se os resultados ficarem aquém dos das eleições de 1999 e se a coligação governamental, embora perdendo, fizer melhor do que há 5 anos. Como se sabe bem de eleições anteriores, pode-se perder ganhando, e vice-versa.

Como seria de esperar, a fasquia vai subindo e é bem provável que Ferro Rodrigues, se pensou como sugere o Paulo, tenha sobvalorizado em demasia a necessidade que tem em alcançar uma belíssima vitória para se manter como SG. Essa “belíssima” vitória será indispensável para que consiga construir uma alternativa sustentada por uma equipa crente, capaz e motivada.
Se genuinamente pensou que Sousa Franco seria a melhor cabeça de cartaz… Esperemos pelos resultados das eleições. Vital Moreira traçou claramente os riscos e avançou com uma interessante grelha decisória a aplicar na noite das eleições.

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