Não me levem a mal (só um bocadinho se quiserem) mas a frase do título é mesmo um dedo apontado a um certo tipo de crítica que apesar de tudo não é muito visível na Blogoesfera. Já por diversas vezes andei espiolhando a página do PS em busca de informação sobre o Gabinete de Estudos e noto finalmente que o dito já deu os primeiros passos com visibilidade na internet.

Escrevia eu esta madrugada que “Todas as vias de acesso e de contacto entre o que se passa num partido e o seu exterior nunca são demais.” Pois bem, aparentemente (ainda não tenho experiência pessoal no assunto) este Gabinete de Estudos do Partido Socialista lança mais uma ponte.

Tem sido dirigido por António José Seguro e conta com algumas dezenas de grupos de trabalho sobre as mais diversas áreas de que se deverá ocupar a governação do país. Pelo que entendi trata-se de uma iniciativa que acolhe contributos de militantes, não militantes e visa patrocinar “estudos e análises temáticas de suporte às deliberações dos Órgãos Nacionais” bem como apoiar a “(…) acção política, através da elaboração de propostas programáticas e de posicionamento estratégico, de forma a enriquecer as propostas do Partido Socialista com vista a uma governação futura.

Da utilidade e dinamismo da iniciativa não sei dar testemunho como já disse, mas boa parte do sucesso dependerá certamente da participação pública na iniciativa. De certa forma o PS parece assim renovar a experiência dos Estados Gerais da era Guterres. Julgo que poucos contestaram que se tratou de uma boa ideia. As críticas mais ferozes centrar-se-ão no day after

Fica aqui o destaque no Adufe para quem veja nesta forma de participação uma modalidade mais pragmática e apelativa de contribuir com o que tem disponível para um melhor regime.
Entretanto prometo investigar a existência de sucedâneos a esta iniciativa em outros partidos. (Se souberem de alguma coisa avisem!).

A página na internet está bonitinha, existem espaços individuais para cada grupo de trabalho que servem de repositório de informação, permitindo algum debate mais informal para quem apenas deseje participar via internet. A iniciativa é ainda recente e nota-se a existência de pouca informação, contudo, vão-se sucedendo iniciativas, nomeadamente reuniões dos diversos grupos de trabalho.

Há ainda um tema de discussão porposto todas as semanas. O desta é o dos Partidos Políticos:

DESTAQUE DA SEMANA
Nos últimos anos temos assistido a uma erosão do desempenho de determinadas funções dos partidos políticos.

Há quem se refira ao declínio do papel dos partidos políticos e há, até mesmo quem chegue a falar em crise do sistema partidário.

No entanto, os partidos continuam a ser indispensáveis na selecção dos representantes do povo, nas democracias representativas. Concorda com estas afirmações? Quais são as causas que estão por detrás destes factos? Quais as mudanças que os partidos políticos devem operar em si próprios e no seu relacionamento com o povo?

Envie-nos a sua opinião. Muito obrigado.

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