A Catarina deixou aqui ontem na caixa dos comentários um exemplo justificativo da necessidade que muitos sentem em deslocar-se todos os dias no seu meio de transporte privado e apontou ainda outras razões dissuasoras da utilização de alternativas.

“(…)deixa-me defender o uso do carro dentro da cidade em certas circunstâncias: colegas minhas com dois filhos pequenos, saem de casa com sacos de roupa de troca e fraldas e tarecos, dois miúdos, muitas vezes um deles ao colo, levam um a um infantário, o outro a outro berçário, ou ao infantário e à escola primária, e ainda conseguir chegar a horas ao trabalho…para elas, tem dó, não queres que se levantem às seis da manhã, para conseguir equilibrar crianças no meio da malta apinhada nos laranjas (sabes o que é trepar para um autocarro com um bebé de 15 kg ao colo?) mais os sacos da tralha, mais empurras, e depois tudo no trajecto de volta, antes dos banhos, jantares, trabalhos de casa, brincadeiras, supermercados…enfim, a lista poderia ser infindável.â€?

Dito isto a Catarina continuou concordando que “(…)se deveriam usar mais os transportes públicos [t.p.]. Em cinco anos em Londres nunca peguei num volante…mas lá os t.p. funcionam mesmo como alternativa e vão a todo o lado, sem grandes esperas e com interfaces, se for caso disso. Não só funcionam como alternativa, como são uma alternativa muito melhor. Aqui começa-se pelo fim: primeiro obrigam-se as pessoas a não andar de carro…depois hão-de aparecer t.p. decentes…eventualmente…â€?

Em próximos textos tentarei expor um pouco melhor a minha posição mas desde já avanço que passará pela defesa da ausência de qualquer regime especial ou de excepção seja para quem for no que diz respeito à penalização a recair sobre quem traga o carro para dentro do perímetro urbano da cidade.

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