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Biotecnologia em Portugal (act.)

17.12.2003 por Rui Cerdeira Branco Categoria Economia

Nuno Arantes de Oliveira é o autor de um texto diagnóstico da situação da biotecnologia e do investimento em Investigação e Desenvolvimento no nosso país.
Além de dar aqui destaque ao texto publicado no suplemento de Economia do Público da passada segunda feira que tomo a liberdade de reproduzir em anexo (o link desaparecerá em breve), sublinho os factores críticos para o sucesso da indústria da biotecnologia (sectores de investimento a longo prazo de elevado retorno e alto risco) que o autor destaca:

“(…)a sobrevivência das empresas de biotecnologia depende grandemente de dois tipos de solução: o primeiro é a intervenção de grandes empresas, por exemplo farmacêuticas, que apostem em inovação e que queiram “servir-se” das “start-ups” de biotecnologia como janela para novas oportunidades tecnológicas. Foi isto que determinou, em grande parte, a emergência da biotecnologia em países como a Suécia ou a Irlanda. O segundo factor tem a ver com a existência de investidores especializados, geralmente fundos de Capital de Risco, que se dedicam a financiar projectos empresariais jovens, de base tecnológica. Deste tipo de investidor espera-se um perfil e uma postura específicos, que lhes permitam fazer investimentos substanciais a longo prazo, compreendendo o mercado e a tecnologia que formam a base dos projectos. (…)â€?

Sucede que, tal como adianta o autor, nenhuma desta soluções se encontra disponível acima dos níveis críticos em Portugal pelo que é necessário fazer um esforço de captação de atenções junto de agentes externos (um esforço necessariamente coordenado pelo Estado) e, adicionalmente, fomentar o investimento continuado em investigação e desenvolvimento que atinge valores muito inferiores aos dos nossos concorrentes directos.

Há uma infra-estrutura quase invisível a completar nesta área. Além da necessária aposta na instrução vocacionada para a investigação e desenvolvimento, via sistema de ensino, creio que o Estado (que o dinheiro dos contribuintes), pode e deve ser aqui investido com fundadas esperanças de criação de valor, combinando a contratualização com os centros de conhecimento e o necessário investimento de risco.
O intuito final deverá ser o de contribuir para construir, pacientemente, uma cultura de criação de conhecimento junto do tecido empresarial português encontrando novos sectores de actividade por onde desenvolver a economia nacional. Tanto quanto sei, esta não tem sido uma aposta relevante do actual executivo, talvez indirectamente o seja na vertente de captação de investimento estrangeiro, mas pelo que se conhece da história recente das relações com o exterior (que se revelam um interesse externo insuficiente), pelo grau ainda embrionário dos agentes económicos numa actividade de ponta caracterizada por grandes riscos e grandes competitividade, parece ser um esforço insuficiente.
Falta talvez um valente empurrão?

Economia do conhecimento tarda em dar provas do seu potencial
A Infância Prolongada da Biotecnologia em Portugal
Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2003

Quatro anos depois da revista Nature Biotechnology ter declarado que o país tinha “aberto as suas fronteiras” ao sector, as empresas então consideradas bons exemplos tiveram dificuldades em crescer, as “start-ups” contam-se pelos dedos da mão e não se vêem casos claros de sucesso internacional de produtos nacionais

Nuno Arantes e Oliveira*
Em Março de 2000, um artigo publicado na prestigiada revista científica Nature Biotechnology declarava no título que Portugal tinha “aberto as suas fronteiras” à biotecnologia. A peça falava do crescimento no número de doutorados em áreas científicas relacionadas com a biotecnologia, da emergência de programas de promoção do empreendedorismo, dos parques de ciência e tecnologia (C&T), e de medidas para a promoção de Investigação e Desenvolvimento (I&D) no tecido industrial. O tom era de esperança e optimismo; os problemas existentes tinham sido identificados e seriam resolvidos – a biotecnologia em Portugal poderia estar prestes a passar à fase adulta.

Passados quase quatro anos, como é que evoluiu a biotecnologia em Portugal? Mesmo as empresas que já na altura eram consideradas os bons exemplos do sector tiveram dificuldades em crescer, apesar do mérito inegável dos seus pioneiros fundadores. Poucas “start-ups” surgiram entretanto, e quase nenhumas com a intenção explícita de desenvolver novas tecnologias. A biotecnologia continua a representar uma ínfima fracção dos projectos propostos aos parques de C&T, e não se vêem casos claros de sucesso internacional entre os produtos da biotecnologia feita em Portugal. Será que o país está condenado a não ter uma verdadeira indústria biotecnológica? Será que para progredir vamos forçosamente depender da inovação produzida por outros? E será que o investimento na base científica, em particular nas ciências biológicas e afins, nunca irá trazer benefícios visíveis à economia nacional? A resposta a todas estas questões poderá ser não; mas para que o seja é útil perceber primeiro o que é a biotecnologia (ver caixa), e quais serão os factores-chave a ter em conta para que a situação melhore.

Factores críticos de sucesso…
A biotecnologia é um sector difícil e complexo. Os ciclos dos seus produtos são extremamente longos, e as receitas só surgem por vezes ao fim de alguns anos. A isto junta-se o facto de as empresas exigirem investimentos de monta, devido sobretudo aos custos do trabalho de I&D. Trata-se de um sector de alto retorno, mas de alto risco também. Por esta razão a sobrevivência das empresas de biotecnologia depende grandemente de dois tipos de solução: o primeiro é a intervenção de grandes empresas, por exemplo farmacêuticas, que apostem em inovação e que queiram “servir-se” das “start-ups” de biotecnologia como janela para novas oportunidades tecnológicas. Foi isto que determinou, em grande parte, a emergência da biotecnologia em países como a Suécia ou a Irlanda. O segundo factor tem a ver com a existência de investidores especializados, geralmente fundos de Capital de Risco, que se dedicam a financiar projectos empresariais jovens, de base tecnológica. Deste tipo de investidor espera-se um perfil e uma postura específicos, que lhes permitam fazer investimentos substanciais a longo prazo, compreendendo o mercado e a tecnologia que formam a base dos projectos.

Talvez o principal desafio que a biotecnologia enfrenta hoje em Portugal seja a angustiante indisponibilidade, ao nível nacional, de cada uma destas duas soluções. Por um lado quase não existem actores industriais de grande dimensão que procurem inovação biotecnológica, e à sombra dos quais novos projectos inovadores possam florescer. Por outro lado não existem entidades financeiras vocacionadas para a biotecnologia. Embora existam fundos de capital de risco em Portugal, nenhum demonstra uma orientação adequada especificamente à biotecnologia. Na ausência de um número suficiente de empresas ou casos de sucesso, compreende-se que seja hoje arriscado, para um investidor, dedicar-se prioritariamente à biotecnologia em Portugal.

… para sair do círculo vicioso
Como sair deste círculo vicioso, onde a ausência de empresas trava o surgimento de investidores especializados e vice-versa? Tal como noutras situações, teremos de olhar para fora de Portugal, de modo a gerar benefícios internamente. Seria positivo criar condições para que grandes multinacionais farmacêuticas se instalassem em Portugal, não para distribuir os seus produtos localmente, mas para fazer I&D de ponta. Existem zonas do país – como Oeiras – que apresentam condições favoráveis à fixação de multinacionais farmacêuticas: parques tecnológicos com boas infraestruturas, institutos de investigação biológica de alto nível, concentração de doutorados, etc.. Mas para que uma indústria de biotecnologia cresça em Portugal de forma sustentada é preciso mais. É preciso que as tecnologias que surjem nos nossos centros possam ser desenvolvidas por projectos empresariais, com objectivos ambiciosos e bem definidos. Importa que os melhores (bio)empreendedores portugueses vislumbrem soluções para que os seus projectos cresçam para além das fases embrionárias de dependência de subsídios governamentais. Para isso a melhor solução poderá ser mais uma vez a atracção de entidades estrangeiras – desta feita sobretudo fundos de capital de risco especializados – para investir, directa ou indirectamente, na biotecnologia feita em Portugal. Para tal é importante criar um clima de confiança, em que os grandes investidores da biotecnologia mundial se sintam motivados a actuar em Portugal. Isto só acontecerá se os principais actores locais, em particular o governo, fizerem da biotecnologia uma verdadeira prioridade estratégica e apontarem, de forma inequívoca, o sector como um dos principais motores do ressurgimento económico do país.

Como nota de conclusão, e correndo o risco de constatar o óbvio, há a lembrar que nenhum sector de base tecnológica florescerá em Portugal se não se mantiver e acelerar, por bons e largos anos, o investimento na investigação científica de base. O combate aos problemas aqui descritos será inútil se, em simultâneo, Portugal menosprezar a sua ciência. O crescimento no número de doutorados e outros indicadores tem sido positivo, mas de modo nenhum suficiente. Só um investimento público continuado na investigação científica, ladeado por iniciativas que atraiam indústria e capital estrangeiro, poderão permitir à biotecnologia feita em Portugal sair, finalmente, da infância em que há muito se encontra.

*Investigador de pós-doutoramento no Centro IN+ do IST

Colaboração INTELI – Inteligência em Inovação

Artigo do suplemento de Economia do Público 15/12/2003

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6 Responses to “ Biotecnologia em Portugal (act.) ”

  1. 1
    #1 NunoP Says:
    December 17th, 2003 at 3:21 pm

    Rui, este tipo de investimentos não necessita de um valente empurrão, precisa é de ser levado ao colo!
    O futuro está nesta área (biotecnologia) e os países/empresas que mais cedo o compreenderem e nele investirem, serão os países/empresas de grande crescimento a médio prazo (daqui por uns 5 anos, no máximo).
    Mas mais uma vez, a visão de curto-prazo que se tem em Portugal dificilmente será compatível com este tipo de investimento, infelizmente…

  2. 2
    #2 Samir Says:
    April 16th, 2004 at 5:09 pm

    Sr. Nuno, concordo plenamente consigo, tendo em visto a difícil fase que o nosso pais está a passar. No entanto, mesmo que Portugal estivemos melhor em termos económicos, não avansaria muito neste secto, que é a biotnologia. Isto porque países já mais desenvolvidos que nós têm melhores condições para trabalhar neste ramos, nomeadamente países da Europa central e,sem esquecer, os EUA. Muito obrigado pelo seu texto e espero que nos escreva mais sobre os problemas que Portugal está a passar, em especial quanto á biologia e/ou biotecnologia

  3. 3
    #3 Patricia Says:
    May 12th, 2004 at 8:49 pm

    Sr. Nuno, não podia estar mais de acordo consigo. Creio ainda que o verdadeiro despertar da biotecnologia passa principalmente por um esforço conjunto (Governo/Empresas) para dar oportunidade aos recém licenciados na área. É de lamentar que os jovens qualificados só encontrem oportunidade no estrangeiro, sendo apenas lá que são apreciados. Não é a falta de mão de obra especializada que condiciona o avanço da biotecnologia no nosso país, é sim o ostracismo ao qual portugal está votado, pois ainda existe a mentalidade que um curso superior só é válido de for de Direito ou Medicina!!!

  4. 4
    #4 Tiago Says:
    July 13th, 2004 at 10:50 am

    A presença de um sector forte de base tecnológica em Portugal não é apenas importante como também imprescindível para o desenvolvimento económico do país. Portugal não pode viver apenas de uma AutoEuropa…é importante para o desenvolvimento do país a existência de áreas de negócio que permitam a criação de valor acrescentado! As novas tecnologias são então as únicas alternativas a um país que não possui recursos naturais e onde o turismo parece ser a única actividade económica interessante. A biotecnologia apresenta-se como uma oportunidade que não se pode desperdiçar…pena é que em Portugal a falta de formação seja um travão ao desenvolvimento! Desde os investidores que apenas pensam em lucro fácil e imediato, até aos governantes que apenas olham para o mandato como forma de ganhar as próximas eleições, facilmente se constata que o interesse pessoal está acima do interesse nacional…Enquanto se desperdiçarem os (poucos) recursos humanos qualificados existentes, exportando-os para o estrangeiro e permitindo que outros paises lucrem com eles, não vamos lá…É com muita pena que vejo mais uma oportunidade a ser desperdiçada…

    Um abraço ao Doutor Nuno Arantes de Oliveira

  5. 5
    #5 Mª Filomena Says:
    August 1st, 2004 at 8:16 pm

    Como estudante de Biotecnologia, acho que esta ciência tem grandes frutos a dar à Humanidade, apenas precisa de incentivos e de uma descodificação aos olhos de todos do que realmente ela pode fazer. Tudo passa por uma base de educação sólida e neste caso, um incentivo à ciência desde cedo nas escolas. É verdade que em Portugal, as mentalidades ainda estão um pouco fechadas, para entender o real valor da Biotecnologia, que no fundo só temos a perder com isso.

  6. 6
    #6 Rita Says:
    September 3rd, 2004 at 4:31 pm

    É sempre interessante ver em palavras de alguém o que já nos correu no pensamento, neste caso as razões da falta de invetimento nesta área…
    Não sou especialista, mas tenho vindo a interessar-me pelo tema da biotecnologia,
    mais especificamente na área da formação/ensino/investigação. Recomendo uma publicação da Fundação Ilídio Pinho de um debate com algumas empresas e entidades sobre as “oportunidades de negócio na área da biotecnologia”, disponível no site: http://www.fundacaoip.pt (Publicações)

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