Aos poucos vamos fazendo amigos.
O exemplo que hoje vos trago começa por uma rotina. Pelo cafezinho que lá se vai tomar ao final do almoço. Pelo refresco saboreado na pequena esplanada num dia de verão. Pela surpresa de um valente saco de amendoins e demais salgadinhos que nos é oferecido numa inesperada visita familiar distraidamente confessada. Pelo paralelo surpreendente na história passada de uma vida que se descobre em dois dedos de conversa…
Esta semana foi uma encomenda que se deixou à guarda no café, à falta das chaves de casa; o único sítio de confiança. Um serviço prestado com simpatia e voluntarismo, com poucas palavras, mas sem dúvida “de confiança”.
Aos poucos vai nascendo uma amizade feita de pequenos nadas, enraizada na qualidade do íntimo de cada um, a única condição suficiente e necessária.
Mais pelo que se faz e pelo que se compreende em breves palavras do que por qualquer outro meio, sentesse um laço animador a nascer.
Hoje tivemos muito gosto em oferecer uma prenda, uma Alice no País das Maravilhas, à filha dos senhores do café. Um pequeno gesto, entregue com poucas palavras, dado e recebido com muito sentimento.
É tão fácil andar distraido e não perceber estes pequenos nadas, deixá-los passar ao nosso lado, perder a oportunidade de fazer um amigo.
O nosso maior desafio hoje, moços da cidade, é continuar a acreditar, alimentar uma sonda que por debaixo das nossas couraças consiga chegar ao outro permitindo-nos arriscar um bocadinho.
Bom Natal!

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