cernia[1].jpg Esta agora não é como as mais.
Andávamos nós (eu e a minha moça) em pesquisas culinárias pela biblioteca quando deparámos com um estranho código em latim para a decifragem do qual pedimos desde já ajuda aos ilustres latinistas que andam por esta esfera.

Buscávamos a melhor forma de assar um Cherne. Deu-nos para isto, contra todas as recomendações – assar um Cherne que disparate! -, procurávamos assá-lo seguindo as regras da alta cozinha. Afinal, chamo-lhe carinhosamente PM, em homenagem ao nosso Primeiro Ministro, logo, goste-se ou não, queríamos dar-lhe um tratamento condigno.
E eis senão quando – sempre sonhei aplicar esta -, surge à cabeça, logo ali nas primeiras duas palavras que lhe são dedicadas no Pantagruel, um enigmático:
Polyprion Americanum!

Não queremos acreditar nesta estranha ironia da taxinomia biológica. Passado o primeiro susto logo reflectimos sobre o que nos quereria dizer a nossa 2ª dama quando promoveu a comparação entre o então futuro primeiro e o dito Cherne? Estaria a avisar-nos de algo? Seria um gesto de patriotismo que não conseguimos interpretar atempadamente? Tremo só de pensar que a outra parcela do nome, o dito Polyprion, encerre ainda algum segredo milenar desta língua semimorta que exaltamos diariamente com a nossa polivalente corruptela.

E que não nos engasguemos em nenhuma espinha já agora.
Bom apetite!

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