Tenho escrito muito sobre a política / justiça.
Tenho feito um esforço para manter um rumo de raciocínio, uma coerência que me permita fazer a crítica, retirar algo de positivo no fim, ter a hipótese de acreditar talvez como a velhinha de taubaté de Verissimo…
Mas hoje, depois de ter percebido mais estas histórias: o conteúdo e os termos do 2º acordão da relação sobre um recurso de P.Pedroso; a forma como foi noticiado e comentado por profissionais e envolvidos; as escutas parte LIXX – conteúdo e principalmente forma de divulgação; as brancas de neve ontem na assembleia, etc, etc, etc… Hoje, dizia, passei para outro lado. Para um lado mais escuro no qual não sei se terei sequer um fósforo que me alumie.
Muito dificilmente se fará justiça no caso Casa Pia porque deixei de acreditar que as probabilidades sejam favoráveis. Acredito que se tratará, de facto, de um Totoloto como ouvi hoje. Ninguém parece interessado nisso, na justiça, NINGUÉM. Poucos parecem perceber o que isso é e como devemos proceder para lá chegar.
Resta-me agarrar no meu livro, cartilha de escuteiro imaginário, e relê-lo para perceber outra vez, sem poluição, o que é de facto importante. Perceber o que devo fazer e como devo ajudar alguém que me chegue ao caminho com a pergunta certa, com a vontade certa, com o coração nas mãos. E perceber também, já agora, como raio cheguei eu ao meu livro. Onde o arranjei, quem me entregou esta amada cruz que teimo em não abandonar?
Ainda sem resposta, sei que a missão é repetir que só há uma guerra: a que passa pela instrução, pela História, pela vida, pela morte e pelo amor.
Para todos há um Mistério. E por isso todos os dias também eu posso recomeçar.
Vou ali ao meu deserto e já venho…

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