Miguel Esteves Cardoso escreveu esta semana no DNA uma das mais completas descrições do estar amando e ser amado. Tudo numa página, sem grandes floreados mas longe de ser cru. É pena não haver link na net. Não me importava de aqui deixar as suas palavras. É mesmo assim, como ele diz. Connosco é.

Um excerto:
“(…)Tenho assim para mim que, ao contrário do que se julga, não faltam nem dúvidas, nem cuidados, nem inquietações a quem, por extrema boa sorte, tem a felicidade que eu agora tenho. O preço que se paga é muito grande – o maior de todos – apesar de se pagar sem pensar nem dar por isso, como se fosse nada. E a independência é, de facto, nada para quem ama. E a prova é que dela pouco aproveita a pessoa amada, se tem o azar de nos amar também. (…) É por isso que posso dizer que tenho tudo, graças à minha mulher, incluindo todos os desassossegos e temores, para além da constante alegria, e do grande amor, estando estas coisas ligadas por algo que não depende nem de mim nem dela. E daí o medo, a gratidão; o êxtase dos dias pequenos e grandes. (…)”

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