Ora desgarrados, ora em polémicas organizadas, as reflexões sobre a comunicação social vão-se sucedendo na blogo-esfera.
A Gin sente-se incomodada com o jornalismo que temos; em média é suficientemente mau para concordar com o impedimento do acesso da imprensa a um julgamento.

A propósito…
Eu gostava da TSF porque sendo uma empresa privada encarnava boa parte da definição de serviço público em rádio.
Deu cursos de formação e conseguiu formar jornalistas espectaculares, assumiu a informação como prioridade. Investiu forte e aguentou-se, deu lucro, tinha tudo para continuar a servir de referência, para ser um viveiro de bons jornalistas…
Abriu antena a novos comentadores. Recriou a rádio em directo, deu voz política aos ouvintes demonstrando que isso poderia ser feito sem comprometer a emissão, apostando sempre em alguma pedagogia pela boa educação sem paternalismos.
Em vários períodos (ou pelo menos a partir do anoitecer) oferecia um outro serviço de difusão de novos sons e ambientes tendo durante muitos anos cativado vários tipos de ouvintes. Do (por vezes) humilde taxista ao mais intelectual dos intelectuais.
Hoje sinto que se perdeu muito e continua a perder-se a cada noticiário esforçado, a cada Idade da Inocência, a cada fim de semana que se passa sem a �ntima Fracção, sem o Carlos Amaral Dias, sem o flashback, sem os sons do mundo traZidos pelo Mário Dias, a cada nova hora em que o Anibal Cabrita se submete à playlist desencantada.

Porque é que gostávamos da TSF? Continuo a recolher contribuições. Daqui a uns dias tentarei fazer uma síntese ou dar destaque aos contributos recolhidos. Já há alguns aqui.
Hoje, tenho de concordar com o Rui do Bisturi: se quero noticiários abrangentes – com mais do que cinco ou seis notícias, com uma equipa de jornalistas capaz de dar resposta em qualidade e quantidade ao “ir ao fim da rua, ir ao fim do mundoâ€? – se quero ouvir música portuguesa, se quero alguma sobriedade de emissão, só vejo na Antena 1 (uma rádio pública) uma aproximação àquilo que me faz falta e que me atrevo a dizer, nos faz falta.

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