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O que está em questão? A reutilização de embalagens é solução? Pagar a quem produz o lixo para o separar é exequível? Como rentabilizar o processo de reciclagem? Como aumentar os índices de lixo reciclado? O que é reciclável? O que fazer com o que não se recicla? Que experiência de reciclagem há noutros países? Da discussão entre os dois interlocutores que vos vou apresentar fiquei a saber mais um bocadinho sobre estes problemas é isso que quero aqui partilhar.

Opinião de João Miguel Vaz:

Gostaria de preparar uma resposta mais completa a algumas afirmações do Sr. Eng. da Ponto Verde, Henrique Agostinho.
Neste momento não é possível. No entanto, e muito rapidamente, enuncio algumas contradições ao discurso de Henrique Agostinho.

Ao contrário do que afirma as embalagens reutilizáveis, caso das PET. Para a água ou refrigerantes, atingem facilmente ciclos de 60 “vidas” http://www.carolinen.de/unter_umwelt_start.html – a fonte é o “produtor” de água) – “usar-transportar -lavar-transportar-usar-..etc.
Henrique Agostinho afirma que os “retornáveis têm ciclos de 5 ou 6 vezes” i.e. dez vezes menos que o afirmado pela firma que usa os retornáveis !!!

Henrique Agostinho, escreve “O ciclo de ida e volta das embalagens retornáveis é muito mais caro e consome bem mais energia que o das não-retornáveis recicladas”. Os “life cycle assessment” (ciclo de vida e balanço ecológico) são quase sempre positivos a favor das embalagens retornáveis, em detrimento dos plásticos “usa-e-deita-fora”. Henrique Agostinho errou, e mais grave ainda, leva os leitores a pensar que o “usa-e-deita-fora” é o caminho certo para uma melhor prática ambiental.

É preciso explicar que os plásticos são é necessários às Centrais Incineradoras (CI’s) pelo seu potencial calorífico. Tirem o papel e os plásticos às CI’s e elas deixam de poder ser rentabilizadas. Na sequência, Henrique Agostinho afirma “… e se calhar a incineração é ambientalmente mais saudável do que a deposição em aterro, ou reciclagem de alguns materiais. Mas isso, ninguém sabe, é uma linha ténue e já me dou por contente por se “estar a fazer qualquer coisa ” . Ora, há estudos sobre a “linha-ténue”, onde se precisa o impacto ambiental de cada solução, e na maioria dos casos a incineração é sempre a pior solução. Desafio o Henrique Agostinho, a demonstrar em que casos a Incineração é positiva em relação à reciclagem !

Cito um estudo levado a cabo pelo Ministério do Ambiente alemão em que
Se afirma o seguinte:

“Bundesumweltministerium und Umweltbundesamt stellten im Juli 2002 die
Ergebnisse der Phase II der “Ökobilanz für Getränkeverpackungen für alkoholfreie Getränke und Wein” vor. Untersucht worden waren Mehrwegflaschen aus Glas und PET, Getränkedosen aus Aluminium und Weißblech, Glas-Einwegflaschen und Getränkekartons im Hinblick auf ihre gegenwärtige Umweltbilanz sowie ihr zukünftiges ökologisches Potenzial.
Die Ergebnisse fasste der Präsident des Umweltbundesamtes wie folgt zusammen: “Zwar sind sowohl bei Einweg- als auch Mehrwegverpackungen deutliche Verbesserungen zu verzeichnen, Mehrweg bleibt jedoch auch in absehbarer Zukunft Einweg überlegen. Getränkekartons bilden dabei allerdings eine Ausnahme.”
in http://www.informationszentrale.de/index.php?scr=umwelt&id=1
http://www.umweltbundesamt.de/uba-info-daten/daten/pfand.htm

Em síntese, o estudo afirma que as embalagens reutilizáveis, ou retornáveis, têm sempre vantagem ambiental no seu ciclo de vida, balanço ecológico, com uma única notável excepção a das bebidas em “treta-pak”.

Muito mais haveria a comentar. Fica para outra oportunidade.
Desde já o meu bem-haja pelo interesse !
Cumprimentos,
João Miguel C.G.Vaz, Market Analysis ? P & A Truck and Bus Room 132,
R&D Stöcken

Não percebo uma palavra de Alemão… Confio que a síntese apresentada seja fidedigna 🙂 Amanhã há mais!

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