Não é fácil estudar a imigração, particularmente em Portugal e, mais especificamente ainda, numa perspectiva de grandes número, abrangendo a totalidade do país, projectando impactos globais.

Várias razões concorrem para este facto e são sobejamente conhecidas da comunidade científica que se tem dedicado ao tema (demógrafos, sociólogos, geógrafos, economistas). É complicado traçar diagnósticos fiáveis que se traduzam em realidades quantificáveis, no entanto, é possível dizer alguma coisa e é indispensável tentar perceber o que se passa.

A ilegalidade, as lacunas do aparelho judicial e administrativo, o desleixo pela recolha de informação estatística de qualidade que proliferou durante anos contribuiram, entre outros, para as dificuldades que agora temos. No momento em que passamos a acolher mais do que a ser acolhidos, nesse fluxo cruzado que ocorre anualmente, a informação é vital. É um instrumento indispensável para evitar equívocos bem conhecidos e demasiado frequentes. Na minha ainda curta carreira tive a felicidade de abordar algumas destas questões tentado servir o interesse público.
Para quem se interesse sobre o assunto remeto-vos para dois artigos em que colaborei:

– um sobre padrões de mortalidade entre a população imigrante em Portugal cujo link aqui disponibilizo.

– e outro, bem mais aprofundado, sobre as características da população com antecedentes migratórios a residir em Portugal, elaborado no âmbito do Conselho da Europa.

Ficam os links possíveis (textos em inglês):

Portuguese immigration: An approach to the mortality patterns O mesmo artigo alojado em Portugal está aqui (exige registo prévio na Infoline do INE para se poder aceder).

The demographic characteristics of populations with an immigrant background in PORTUGAL

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