Há dias vi apresentarem num documentário (National Geographic?) o “frango do mar”; referiam-se aos salmões de aquicultura.
Fiquei impressionado com os risco que as mal reguladas indústrias de aquicultura representam para a preservação das espécies selvagens – biodiversidade – e para a saúde humana. De panaceia ou mesmo solução para a sobrepesca, os ambientalistas passaram a encarar esta indústria com olhos mais preocupados. Os viveiros apresentam-se como geradores de novas doenças, promovem a degradação das espécies selvagens pelos cruzamentos acidentais entre indivíduos “domesticados” e os outros endurecidos e preparados pela selecção natural… E os métodos científicos de engorda e embelezamento (o salmão quer-se rosado, certo?) podem conter aditivos pouco saudáveis para os humanos. Onde é que já ouvimos esta histório? A era da inocência quanto à aquicultura terminou.
Enfim, a conclusão que retirei é que há muito para fazer numa indústria nova e com potencialidades interessantes. Mas tudo é mais complexo e merecedor de cautelas do que inicialmente se pensava. Fiquei-me também como “frango” do mar na cabeça…
Se o salmão é o frango, então as douradas são os patos de aviários marítimos e por aí adiante até esgotarmos a crescente lista de espécies que são já criadas em cativeiro…
Agora o que eu não sabia é que já há muito tempo temos a “Galinha do mar”. O nosso companheiro, camarada, amigo – escolha alegremente a que melhor convier que eu garanto boa conotação – da Oficina de Ideias apresentou-me a Tremelga. Um parente dos tubarões que muitas vezes serve para ir borda fora mas que na Caparica tem lugar reservado entre as melhores caldeiradas… Se for como a galinha do campo – a genuína – o tempo adicional de cozedura justifica a preferência ao frango! Fiquei com saudades de uma bela caldeirada!

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