O INE acaba de divulgar uma breve análise sobre a Divorcialidade tendo por base os dados definitivos para as estatísticas demográficas de 2002 neste artigo.
Entre os dados mais significativos destaco a elevada taxa de divorcialidade portuguesa no contexto da União Europeia – estamos entre os países com maiores taxas – e o facto de cerca de 91% dos divórcios se fazerem por mútuo consentimento. Entre 1975 e 1979 a percentagem dominante era a dos litigiosos com 48% dos divórcios. Outro facto interessante é a diminuição da taxa de divorcialidade entre os indivíduos com menos de 40 anos em ambos os sexos, entre 1993 e 2002. Por outras, são os indivíduos com mais de 40 anos que têm feito disparar os índices de divorcialidade. Por outro lado, é nos casamentos com 5 a 9 anos de duração que se registam as maiores taxas de conversão em divórcio. Talvez a famosa crise dos 7 anos sempre exista, afinal… Ah! E quanto mais filhos, menor a probabilidade de divórcio… Ou será o oposto?

Estamos mais exigentes do que há 30 anos e menos capazes de encontrar entendimentos com o outro. Mas não consigo acreditar na inevitabilidade do fracasso implícita na dimensão de tamanha incompatibilidade.
Aos meus amigos peço-lhes, por favor, passem a pôr a roupa suja no cesto da roupa suja. É demasiado ridículo pedirem-nos (aos amigos, os que vos ouvem e acarinham) para encontrar espírito de entendimento para um divórcio baseado na roupa suja que ele ou ela nunca punha no respectivo cesto.

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